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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quando tudo despedaça, qual perfume você exala?

por Max Lucado
A pergunta de Davi não é a nossa? Quando tudo o que é bom se despedaça, o que os justos podem fazer? Quando aviões perfuram torres fortes, quando chamas coroam nossa fortaleza, quando cidades sacodem e as pessoas sucumbem, o que podemos fazer?

Ainda estamos esperando que iremos acordar. Ainda estamos esperando que vamos abrir um olho sonolento, balançar a cabeça com cara de travesseiro e pensar "Cara, que sonho!". Mas não vamos. Porque o que vimos não foi um sonho.

Foi indizível, impensável, mas não foi um sonho. Pessoas morreram mesmo. Prédios caíram mesmo.

E nós estamos tristes. Estamos tristes pelas pessoas inocentes que morreram, pelos seus filhos que não os verão mais, por seus cônjuges que terão que enterrá-los. Nós sofremos a perda da vida.

Mas nosso sofrimento vai ainda mais fundo. Quando nos enlutamos pela morte de pessoas, nós nos enlutamos pela morte de uma imagem. Assim como o horizonte da cidade está alterado para sempre, também estará a nossa visão do mundo. Nós pensávamos que éramos intocáveis, impenetráveis.

Com a perda de vidas inocentes vai a perda da própria inocência. Talvez devêssemos saber melhor, mas não sabíamos.

Então, o que podemos fazer? "Quando tudo o que é bom se despedaça, o que podem fazer os justos?"

Curiosamente, Davi não responde sua pergunta com uma resposta. Ele responde com uma declaração: "O Senhor está no seu santo templo. O Senhor está no seu trono no céu".

Este ponto é infalível: Deus não é afetado pelas nossas tormentas. Ele não é detido pelos nossos problemas. Ele não é atingido por esses problemas. Ele está no seu santo templo. Ele está sobre o seu trono no céu.

Edifícios caíram, mas Ele não. O negócio de Deus é mudar a tragédia em triunfo.

Ele não fez isso com José? Veja-o na prisão egípcia. Seus irmãos o haviam vendido; a mulher de Potifar tinha se deitado com ele. Se alguma vez um mundo desabou, foi o de José.

Ou considere Moisés, cuidando de rebanhos no deserto. É isso que ele pretendia fazer com a sua vida? Difícil. Seu coração bate com sangue judeu. Sua paixão é conduzir os escravos, então por que Deus o mantém conduzindo ovelhas?

E Daniel. E Daniel? Ele estava entre os melhores e mais brilhantes jovens de Israel, o equivalente às melhores graduações do nosso país. Mas ele e toda a sua geração estão sendo levados para fora de Jerusalém. A cidade está destruída. O Templo está em ruínas.

José na prisão. Moisés no deserto. Daniel em cadeias. Esses foram momentos escuros. Quem poderia ver qualquer coisa boa neles? Quem poderia saber que o José prisioneiro estava a uma promoção de tornar-se o José Primeiro Ministro? Quem teria pensado que Deus estava dando a Moisés quarenta anos de treinamento no deserto no mesmo deserto por onde ele conduziria o povo? E quem teria imaginado que Daniel, o cativo, seria em breve o Daniel conselheiro do rei?

Deus faz coisas assim. Ele fez com José, com Moisés, com Daniel, e, mais do que todos, ele fez com Jesus. Os seguidores de Cristo viram na cruz a inocência assassinada. A bondade assassinada. A torre de força do céu foi perfurada. Mães choraram, o mal dançou, e os apóstolos tiveram que querer saber: "Quando todas as coisas boas se despedaçam, o que fazem os justos?"

Deus respondeu sua pergunta com uma declaração. Com o estrondo da terra e com o rolar da rocha ele lembrou que "O Senhor está no seu santo templo; o Senhor está no seu trono no céu".

E hoje nós devemos nos lembrar: ele ainda está. Ele ainda está no seu templo, ainda sobre o seu trono, ainda no controle. E ele ainda transforma prisioneiros em príncipes, cativos em conselheiros e sextas-feiras em domingos. O que ele fez então, ele ainda fará.

Cabe a nós pedir que ele faça.

Quero também dividir com vcs essas frases que li.

"Há muitas "plantas" só de nome, pois delas não se desprendem aromas de sentimentos santos ou de atos piedosos. O mesmo vento sopra tanto no cardo como na planta aromática, mas só uma delas espalha doces perfumes.
Às vezes, Deus envia severas rajadas de provação sobre seus filhos, para desenvolver as graças que estão neles. Assim como as tochas brilham mais quando agitadas de um lado para outros; assim como o zimbro desprende mais doce perfume quando é atirado nas chamas, também muitas vezes as qualidades mais ricas de um crente só aparecem sob o vento norte do sofrimento e da adversidade. Muitas vezes são os corações moídos que desprendem o aroma que Deus gosta de sentir."
E agora palavras minhas:

José,Daniel,Moisés, e outros: Jó,Abrão,Paulo. E nós também,eu e vc. Também passamos por esses momentos,momentos que pensamos que não resistiremos.Porém são nesses momentos que precisamos decidir: Qual perfume iremos exalar?
Estamos sendo moldados pelo Pai. O ferro é moldado em altas temperaturas, mares bravos é que formam bons marinheiros. Somos provados para sermos aprovados.
E sua atitude decidirá como vc saíra e quando vc saíra. E aí vc tem o desafio de Exalar o bom perfume de Cristo.

2 comentários:

  1. Linda amiga.. Sabe que sou apaixonada por Max Lucado, não é? recomendo o livro "Ele ainda remove pedras", Show de bola! se bem que nenhum livro dele é ruim... Li vários e amo!

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  2. A Paz querida, lindo o seu blog. Que você possa ser um instrumento nas mãos do Senhor.
    Obrigada pelo carinho em me colocar na sua lista de blog...
    Já estou te seguindo
    Abraços em Cristo

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